Estamos no final de 2009 e o que melhor do que um
especial de como é o Ano-Novo na terra do Sol Nascente?
O Oshougatsu, ano novo japonês, é extremamente diferente do brasileiro, claro. Nada de pular sete ondas, estourar uma champanhe, vestir roupas brancas ou assistir a uma queima de fogos". O Réveillon no Japão é assim, mais parecido com o nosso Natal: as famílias se reúnem, preparam uma ceia especial, visitam templos budistas e xintoístas e realizam um monte de rituais, algo nada fora do cotidiano ou normal, correto?
O Ano Novo é a data mais importante do calendário nipônico e por acaso é aquela que mais reúne costumes japoneses, tendo rituais para antes, durante e depois da festa. A comemoração dura geralmente três dias e vários estabelecimentos fecham as portas nestes dias para que todos possam comemorar. Muitos japoneses vão para as praias nessa época, mas não pensem que é aquela cena que estamos tão habituados a ver aqui, todo mundo de branco, pulando sete ondas e coisas do gênero. Eles vão à praia, assistem shows de J-pop ou danças tradicionais, encerrando a festa com uma modesta queima de fogos. É um evento e tanto as famílias japonesas se reúnem celebram com hábitos e jogos típicos. Mesmo os jovens ainda mantêm as brincadeiras, decorações e as "manias" como um todo para trazer boa sorte ao ano que chega.
A preparação costuma começar um mês antes ou por volta de 13 de dezembro. As donas de casa japonesas fazem aquela faxina na casa, a qual é chamada de oosouji, é como se estivessem purificando as casas, limpando o ambiente para as festividades e afastando o azar, deixando-o bem longe. Só que essa limpeza não pára nas residências não, ela se estende às empresas, os funcionários são convocados para fazerem um mutirão e darem uma geral na área de trabalho. Até nos templos têm faxina, ficando os monges encarregados do trabalho. A limpeza costuma se repetir no segundo dia do ano também.
Na véspera em todo o Japão é possível ouvir as 108 badaladas dos sinos dos templos para recepcionar a chegada do ano novo. A cerimônia é conhecida como joya no kane, ela relembra os japoneses dos 108 pecados existentes no homem, segundo o budismo. Mas não são somente os budistas que aderem a essa tradição. Para a maioria dos japoneses, esse é um momento de buscar a purificação e saudar o ano que chega.
Para as refeições do oshougatsu, as donas de casa preparam comida o suficiente para três dias, pois não se pode trabalhar nos três primeiros dias conforme o costume. Então elas preparam as refeições antecipadamente e com comidas que possam durar esse tempo sem estragar. Cada alimento para a ocasião simboliza boa saúde ou sorte. O prato principal de 1º de janeiro é o ozooni, uma sopa feita à base de mochi. Diz-se que o ozooni guarda o espírito do arroz, abençoado pelos deuses. A refeição de Ano-Novo é o osechi-ryouri, um banquete especial que inclui diversos pratos preparados antes das festividades, dispostos em uma caixa de madeira laqueada (juubako - dez caixas). Atualmente, por praticidade, os japoneses costumam comprar o osechi-ryouri.
Eles começam ir ao templo após a meia-noite do dia 1 de janeiro, os japoneses vão aos templos e fazem suas orações por saúde e felicidade no novo ano, compram novos omamori (amuletos) e deixam os antigos para serem queimados. Essa primeira visita é chamada de hatsumoude e ela ocorre nos três primeiros dias do ano. Os japoneses acordam bem cedo no primeiro dia a ponto de ver o primeiro nascer do sol, assim oram por alegria e prosperidade, costume chamado de hatsuhinode. Logo pela manhã, os templos xintoístas são invadidos por multidões que vão pedir saúde e felicidade. Isso ocorre porque de acordo com a religião xintoísta, o Sol é o deus mais importante do Universo, foi a partir dessa crença que nasceu a tradição de ver o primeiro nascer do sol.
Maioria das pesquisas, tiradas do:
Japan Aishiteru