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 Entrevista com Elegy

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Hiina-chan

Hiina-chan


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MensagemAssunto: Entrevista com Elegy   Entrevista com Elegy Icon_minitimeQua Set 23, 2009 8:16 am

Enquanto se preparavam para sua turnê por festivais de verão e as comemorações de seu primeiro aniversário, o Elegy conversou conosco sobre suas origens, a dinâmica do grupo, como eles mudaram ao longo do ano, objetivos musicais e mais.


Por favor, vocês poderiam se apresentar?

GOCCHO: Eu sou o guitarrista, GOCCHO. Meu arroz preferido é arroz com natto (feijão de soja fermentado).
MIYUKI: Eu sou a vocalista, MIYUKI. Meu arroz preferido é arroz com ovo cru e furikake (tempero seco geralmente salpicado por cima do arroz).
SHIN: Eu sou o baterista, SHIN. Meu arroz preferido é arroz branco.
SHADE: Eu sou o baixista, SHADE; Meu arroz preferido é... Bem, minha comida preferida é cebola.

Como vocês criaram o nome da banda, Elegy?

MIYUKI: Eu nomeei a banda "Elegy" porque nós criávamos muitas canções tristes e sombrias quando formamos o grupo. Na escola, eu realmente gostava de Masayoshi Yamazaki, eu escutava bastante suas canções e descobri a palavra "Elegy" (elegia) em uma de suas canções, Sonorama. Me interessei pela palavra e pensei que o significado combinava conosco, então chamei nossa banda de Elegy.

Qual é o conceito da banda?

MIYUKI: Quando se trata das músicas, eu tento torná-las o mais real possível. Eu não quero que elas sejam enfeitadas e bonitas, mas que transmitam sentimentos reais.
GOCCHO: Enquanto MIYUKI transmite realidade em suas letras, eu arranjo e apresento-as para os ouvintes tornando a música mais afiada ao invés de deixá-la mais confortável de escutar.

Poderiam nos contar como a banda foi formada?

MIYUKI: Coloquei minha bagagem no meu carro e vim de Nagoya para Tóquio para formar uma banda da área de Kantou. Eu postei mensagens de "procuro membros" em lojas de música para encontrar membros e então GOCCHO me contatou. A primeira vez que nos encontramos foi em uma estação de metrô e de repente GOCCHO me chamou: "Ei, MIYUKI!" No começo, ele parecia alguém assustador com seu olho roxo e pensei que se não formasse uma banda com ele, acabaria morta, então decidi trabalhar com ele. (risos) Depois disso, nós procuramos por um baterista e colocamos um chamado por um membro em um site de internet, onde encontramos SHIN. Foi como em um site de namoro online. (risos)
SHIN: Eles me pegaram. (risos)
MIYUKI: E SHADE já era um amigo.
SHADE: Sim, nós éramos companheiros de banda em um outro grupo. Me juntei à esta banda quando o antigo baixista saiu.
MIYUKI: Eu atraí ele dizendo: "Nós temos boas notícias para você..." (risos)
SHADE: Era bem tarde da noite. Ela me chamou para um restaurante 24h e me pediu para participar de sua banda.
MIYUKI: Antes disso, houve um festival indies no Zepp Nagoya organizado por uma emissora de TV, no qual nossa banda foi escolhida para se apresentar por causa de uma pesquisa de popularidade no evento. E isso foi há cerca de três anos.

Como vocês se sentiram quando receberam o pedido para fazer parte da banda? Vocês acharam que iriam iniciar suas atividades tão cedo após a formação? Vocês se preocupavam com isso?

GOCCHO: Não, nem um pouco. Não era a primeira vez que tocava em uma banda com uma garota, então me adaptei bem ao grupo. Nós tocamos músicas de JUDY AND MARY no começo para ajustar o som da nossa banda e não houve nenhum problema.
SHIN: Eu estava muito inquieto. Apesar de termos nos conhecido na internet, eu tive que conhecê-los pessoalmente pelo menos uma vez. Eu não sabia que tipo de pessoas encontraria, então usei roupas chiques, mas GOCCHO apareceu com roupas bem casuais, do tipo que você usa em casa, e sandálias. Nós comemos juntos e ele me levou até a casa dele porque ele esqueceu de levar sua demo. Esta foi a nossa primeira reunião, então fiquei preocupado sobre como seríamos.
MIYUKI: SHIN, você continuou de pé mesmo quando GOCCHO te deu uma almofada para sentar, não é? (risos)
SHIN: Bem, eu me senti tipo: "Eh? Como isso vai acabar?" (risos)
GOCCHO: Mesmo quando eu disse: "Por favor, sente-se" ele não se sentou.
SHIN: Porque eu estava com medo. (risos)
SHADE: Eu já era amigo de MIYUKI e ia para os eventos do Elegy antes de sua estréia. Eu conhecia o baterista SHIN porque tínhamos conversado algumas vezes antes, então eu não estava preocupado. Era mais como se eu tivesse esperança sobre como banda viria a ser.
MIYUKI: Eu sou do tipo que não liga para essas coisas, então isso não era problema. Era tipo: "Ah, está legal."

Poderiam nos contar como vocês descreveriam seus colegas de banda?

MIYUKI: SHADE não tem nenhum senso de direção e isso também vale para o jeito que ele fala.
SHADE: Eu sou muito ruim em direções.

Você é o tipo de pessoa que acalma o ambiente?

MIYUKI: Ah, é isso!
SHADE: Eu sou responsável por acalmar o ambiente também. (risos)
MIYUKI: SHIN é do tipo que todo mundo pode amar.
GOCCHO: Ele é atrapalhado.
MIYUKI: Alguns dias atrás, eu ouvi que ele encontrou arroz em seu cabelo. (risos)
SHIN: Quando eu como algo, geralmente tenho acidentes.
GOCCHO: Ele sempre derruba. (risos)
SHADE: Ele é tão amado que mesmo quando ele derruba comida não é irritante.
MIYUKI: Ele é o tipo de pessoa que você quer dizer 'coma bem' como uma mãe diz para o seu filho. As crianças o amam. As crianças dos nossos fãs também amam ele.
SHIN: Ah, por causa do meu cabelo.
MIYUKI: Ele parece ser amado. Ele emana essa aura de boa pessoa.
GOCCHO: MIYUKI é do tipo que quer fazer tudo. Ela pode fazer qualquer coisa bem, então ela faz tudo sozinha, para não deixar coisas para os outros. Ela mete o nariz em tudo.
MIYUKI: E ela teve uma briga com SHADE recentemente sobre isso.
SHADE: Verdade.

Ela é do tipo que faz as coisas acontecerem? Como uma chefe em quem vocês podem confiar?

MIYUKI: Sou? Verdade?
GOCCHO: Geralmente ela não é assim, mas quando se trata de expressar a música e a banda, MIYUKI é criativa.
MIYUKI: Obrigada a todos, vocês me lisonjeiam. (risos) GOCCHO é um líder que não fala muito.
SHADE: GOCCHO é o mais quieto, mas ele nos mantém juntos de qualquer maneira.

Ele parece ter um senso de responsabilidade.

SHADE: E às vezes ele é impaciente.
MIYUKI: Sim! Ele sai antes do carro parar. Ele diz: "Vamos lá" até quando o carro ainda está dando ré. (risos)
SHADE: Até mesmo quando estamos comento, ele sempre paga antes de nós. Ele soa como o produtor, M.
MIYUKI: Ele desliga enquanto eu ainda estou falando, ele simplesmente corta a linha assim que termina o que quer falar. (risos)

Você é bom em gerenciar as agendas de todos?

GOCCHO: SHADE cuida da nossa agenda, SHIN faz e prepara os materiais, MIYUKI compõe canções e escreve letras e eu os mantenho juntos. Quando se trata de coisas técnicas, cada um de nós trabalha sozinho.

Quando e como vocês decidiram seguir seu caminho na música? Vocês tiveram algum sinal para começar?

GOCCHO: Eu tocava em uma banda como hobby desde o colegial e não pensava em me tornar profissional até a faculdade. Mas quando conheci MIYUKI e ouvi ela cantar, eu tive este forte sentimento que nós poderíamos fazer esta banda funcionar (risos). MIYUKI mudou o jeito como eu vejo o que é uma banda. Então MIYUKI é o que me levou à música.

Ela tem uma voz impressionante, uma vez que você a escuta não consegue esquecê-la.

MIYUKI: Nossa! Por favor, não esqueçam jamais. (risos)

Que sonhos você tinha quando era criança? Você sonhava em ser cantora desde o começo?


MIYUKI: Quando eu estava no jardim de infância e fiz um pedido no Tanabata Matsuri, eu perguntei à minha mãe o que escrever, e ela disse: "Você deveria ser uma cantora." Então escrevi isso. (risos) Desde então, eu pensei: "Me tornarei cantora." Eu fui à cafés de karaokê durante o jardim de infância, ensino fundamental e colegial e aprendi canções e pratiquei. Quando entrei no colegial, formei uma banda e pensei: "Este é o caminho."

Talvez por que sua mãe sabia que você gostava de cantar?

MIYUKI: Ah, pode ser!

Sua mãe cantava?

MIYUKI: Como um hobby, ela subia no palco para as apresentações de suas aulas de karaokê.

Então você estava cercada por música.

MIYUKI: eu adoro as músicas populares antigas que minha mãe escutava.

É por isso que suas músicas têm tais influências. Elas são como canções populares antigas. Que músicas ela escutava?

MIYUKI: Minha mãe escutava Sachiko Nishida ou Mimi Hiyoshi. (começa a cantar uma de suas canções)

Ah, você coloca estes sentimentos em suas músicas. De certo modo elas trazem sabores novos, já que os jovens de hoje não conhecem músicas assim. Você cresceu naquele ambiente, então o seu modo de cantar é firme e controlado.

SHIN: Meu momento decisivo foi quando eu conheci estes dois (MIYUKI e GOCCHO). Eu gostava das canções que estes dois criavam, então quis tocar bateria atrás deles.

Você toca bateria há muito tempo?

SHIN: Sim. Eu comecei quando entrei no colegial e tocava em uma banda, mas a melhor coisa foi que eu conheci estes dois.
SHADE: Eu não me interessava por música até o primeiro ano do colegial, então eu comecei a tocar guitarra no segundo ano e pensei vagamente: "Eu quero me tornar profissional." E deste jeito, enquanto mirava um passo a frente, este é o lugar onde estou agora. (risos)

Há quanto tempo você mudou seu instrumento da guitarra para o baixo?

SHADE: Eu troquei da guitarra para o baixo cerca de seis meses depois que comecei a tocar guitarra.
MIYUKI: Não havia baixista, então os membros disseram: "Toque baixo." (risos)
SHADE: Não havia baixista e eu tinha mãos grandes (risos), então me pediram para tocar baixo e fiz isso a contragosto. Porque o baixo não se destaca e era difícil entender o que eu tocava.

Mas você também pode tocar guitarra, certo?

SHADE: Sim. Eu gosto muito de SIAM SHADE!
MIYUKI: Por isso que seu nome é SHADE.
SHADE: Eu gosto muito deles e os escutava todos os dias quando estava no colegial, então um dos meus apelidos era "SHADE."

Então você tocava o verdadeiro hard rock, não é?

SHADE: Bem, eu apenas os imitava em casa.
GOCCHO: Eu queria ser um programador de software de jogos. Como você sabe, crianças gostam de jogos. Eu gostava de jogos também, eu tinha um monte de jogos diferentes. Embora eu quisesse ser um programador, o trabalho não parecia saudável, então decidi continuar a jogar tênis como meu hobby.
SHIN: Antes, eu queria dirigir um caminhão de bombeiro. Eu só queria dirigir. (risos) Eu tinha um vago desejo disso quando era criança.
MIYUKI: Ah, entendo. Eu queria ser um Fusca quando eu era criança. Eu falava: "Quero ser um carro quando eu crescer." (risos)
SHADE: Eu jogava futebol, mas sempre esquentava o banco. (risos) Já que pertencia ao clube de futebol, era como se eu tivesse que dizer que queria ser um jogador de futebol, então eu dizia isso quando era criança. (risos)

Quais são suas influências musicais? Vocês recebem outras influências além da música?

GOCCHO: Meus pais gostavam de músicas populares japonesas - Yumi Matsutouya, Miyuki Nakajima, Anzenchitai e assim por diante, eles geralmente ouviam isso no carro. Eu gostava bastante das melodias e quando eu estava na escola, fui influenciado pelas melodias e letras do B'z, que escutava por causa de um amigo meu. Eu fui mais influenciado por canções do que por instrumentos.

Então você escuta músicas japonesas, em vez de canções ocidentais?

GOCCHO: Eu escuto música ocidental também, mas o que escuto são as melodias. Não como se eu pensasse: "A guitarra é legal, a bateria é legal." Eu escuto as melodias das músicas e escuto a posição dos sons nas músicas, a estrutura das ressonâncias.

MIYUKI, você foi influenciada por sua mãe como você disse antes?

MIYUKI: Eu acho que fui influenciada por minha mãe sobre tudo, incluindo influências musicais. E eu aprendi dança tradicional japonesa desde o jardim de infância. Então este tipo de coreografia aparece no palco. Eu tenho "jun-natori."
GOCCHO: O que é "jun-natori"?
MIYUKI: Eu substitui este novo. Eu tenho o nome de "Yoshiyuki."

Você ainda dança?

MIYUKI: Eu não danço mais. Eu parei quando estava na sexta série por causa de questões familiares.

Eu gostaria de vê-la dançando no palco com um quimono.

MIYUKI: Eu quero fazer isso! Eu amo dançar.
GOCCHO: Vocalista Yoshiyuki. (risos)

Então sua performance atual é uma mistura de todas as suas influências desde que você era criança, como dança japonesa?

MIYUKI: Sim, acho que sim.
SHIN: Quando eu era um estudante de colegial, eu era influenciado por YOSHIKI do X JAPAN, então eu estava completamente no clima do rock. Os membros da banda que eu fazia parte na época gostava de rock americano e hard rock, então eu escutava este tipo de música o tempo todo. Então minha influência musical foi o rock.

Você tocava batidas rápidas naquela época?

SHIN: Sim, eu tocava em casa.

Em casa?

SHIN: Eu tentei colocar isoladores, mas ainda era barulhento.
GOCCHO: Por causa da estrutura de uma casa japonesa. (risos)
SHIN: Eu escutava tanto música japonesa quanto música estrangeira. Depois que entrei em uma escola de música, passei a escutar jazz e outros tipos de música.
SHADE: Eu escutava SIAM SHADE no começo, depois passei a escutar música japonesa convencional. Eu costumava escutar canções de visual kei, depois bandas japonesas em geral e bandas ocidentais que os membros do SIAM SHADE citavam em suas entrevistas, como o Aerosmith. Eu fui influenciado por eles. E eu aprendi as palavras "continuação é poder" quando eu era um estudante. Não apenas sobre música, mas apenas continuar para fazer algo. Para mim, música, a banda e tocar baixo são as coisas mais difíceis, mas mesmo nas áreas além da música, esta frase me influenciou bastante.

Como vocês criam suas músicas? Qual é o seu processo para compor as músicas? Todos contribuem para as composições?

MIYUKI: Eu cantarolo. Eu gravo minhas melodias e as envio por e-mail.

Você as arranja?

MIYUKI: Sim, arranjo. Às vezes GOCCHO traz alguma coisa e diz: "Eu fiz estes tipos de acordes, então cante junto." Então eu canto, gravo e dou-lhes forma.

Vocês não se juntam e fazem as canções?

MIYUKI: Existem vezes em que fazemos isso também.
SHADE: Primeiro, MIYUKI e GOCCHO fazem a demo. MIYUKI cria as canções originais, GOCCHO acrescenta detalhes e as modifica, então nós as desenvolvemos em um estúdio, este é nosso processo básico.

Você adiciona as letras depois?

MIYUKI: Enquanto cantarolo, adiciono algumas letras, mas ela tem algumas lacunas como tapa-buracos . Então eu procuro que palavras deveria usar para transmitir minha mensagem, preenchendo os espaços.

Você frases guardadas?

MIYUKI: Eu tenho um caderno de anotações e escrevo palavras nele. Eu não canto olhando para o caderno, mas quando crio as melodias, estas palavras surgem naturalmente, pois pareço lembrar delas. Mas às vezes, quando eu olho para as letras, surgem melodias também.

Então depende da canção?

MIYUKI: Sim. Eu faço o que quero. E leio muitos livros. Fico agitada durante a noite e não consigo dormir, então eu leio livros.

Quanto tempo você dorme, geralmente?

MIYUKI: Quando eu não durmo muito é cerca de três horas por dias, mas às vezes eu durmo dez horas por dia. O mais longo foi dezenove horas. Isso varia. Eu deveria dormir regularmente, mas... Darei o meu melhor. (risos)

Para seus fãs que não entendem japonês, poderiam nos contar que mensagens você coloca nas canções?

MIYUKI: Quando se trata de letras, por exemplo, quando eu canto sobre uma flor, eu não apenas canto: "A flor é linda," mas me coloco no lugar dela e escrevo. Por exemplo, se escrevo sobre uma pessoa, me coloco no lugar dela, me identifico com ela e, no caso de escrever sobre uma flor, me coloco no lugar da flor, porque eu quero escrever realisticamente. Enquanto vivemos, às vezes estamos muito felizes, mas às vezes muito deprimidos, então eu quero expressar honestamente os dois lados, sem escondê-los. Então preciso ir um passo além.

Há uma grande diferença em seus CDs entre a versão preta e a versão branca?

MIYUKI: Sim.

MIYUKI, isso significa que há uma grande diferença entre quando você está feliz e quando você está deprimida?

MIYUKI: Eu acho que sim. Meus sentimentos tem muitos altos e baixos. Mas isso não quer dizer que eu não escreva canções entre os dois sentimentos.

Que tema você prefere, sua vida diária ou seu mundo espiritual?

MIYUKI: Depende da canção. Algumas delas são sobre minha vida e algumas são sobre meu mundo espiritual. Eu tenho uma música, Chikyuu no uragawa no anata e, e troco cartas com uma garota hindu que está crescendo um lugar difícil, onde há guerra civil e pobreza. E eu também escrevo sobre minha vida cotidiana. Há alguns dias atrás, eu escrevi uma canção sobre um vidro quebrado. Então varia. Se eu me limitar a um tema, ele se tornaria muito limitado e eu não poderia expressar o que quero dizer, então eu não tenho um tema, apenas escrevo o que quero.

Quando vocês fazem um álbum, vocês tem um conceito inicial, para fazer as canções?

MIYUKI: Eu não sou do tipo que faz músicas depois que um lançamento de CD é determinado. Eu escrevo um monte de músicas e escolho a partir delas.
GOCCHO: Nós temos canções em que há um conceito desde o começo. Recentemente, nosso amigo se casou, então fizemos uma canção para este amigo.

Vocês tem o título Shiro kuro contrast (contraste preto e branco) em seu CD. Qual é o significado?

MIYUKI: Nós expressamos ambos os lados, alegre e sombrio, pesado. Nós fizemos um evento quando ainda estávamos em um selo indies e o evento se chamava "Shiro kuro contrast." Eu realmente gostei do nome, já que o Elegy toca músicas bem alegres e músicas sombrias nas quais o público fica em silêncio. Nós somos extremos em ambos os lados, então pensei que esta frase expressava melhor o Elegy atual.
SHADE: Quando entrei na banda, já haviam canções "brancas" e "pretas", e eu não tinha preocupações ou reclamações sobre o assunto. Eu achei que era mais interessante ter este tipo de abordagem.
SHIN: Dependendo da canção, nossa abordagem muda totalmente, então nós temos uma grande diferença entre canções alegres em que MIYUKI dança loucamente e canções em que os membros param de se mover.

Vocês conseguem imaginar o mundo que MIYUKI descreve?

GOCCHO: Sim, eu consigo. Eu acho que todo mundo tem momentos que são positivos e momentos que são negativos. Por exemplo, homens e mulheres tem diferenças absolutas. Mesmo não sendo preto e branco, eles podem ser rosa e vermelho. Se houvessem apenas homens neste mundo, seria chato, mas é interessante porque existem homens e mulheres. Do mesmo modo, o Elegy tem dois tipos de canções, então eu consigo entender.
MIYUKI, você muda de voz de acordo com as canções. Você muda o modo como canta para combinar com a imagem da canção?

MIYUKI: Eu escrevo letras, então me torno eu mesma quando escrevo as letras naturalmente. É um pouco fora do tópico, mas eu gosto de meditar e de fazer isso em casa para me tornar 'nada' e quando a introdução começa em nossos shows, é assim. Eu me torno zero, do mesmo jeito quando escrevo as letras. É como mudar de canal a cada vez.

Então você troca de canal canção por canção, certo?

MIYUKI: Eu entro na canção, ao invés de tentar me mudar.

Você muda o seu jeito de cantar quando seu humor ou sentimento ao subir no palco é diferente?

MIYUKI: Uma vez nós fizemos um show quando eu estava deprimida, foi um show one-man. Estávamos em um humor deprimido nos bastidores, mas quando a introdução da primeira música começou, eu mudei. Fiquei surpresa comigo mesma e pensei: "Consegui!" Eu gosto de me concentrar e gosto de mim quando estou concentrada. Então, eu não mudo o modo como canto dependendo do ambiente ao meu redor. Coisas físicas, como a condição da minha garganta, me influenciam mais do que as coisas mentais.

Você organiza o "Otome kai" (clube de donzelas). Poderia nos contar mais sobre ele?

MIYUKI: É um clube apenas para garotas, em que tentamos realizar o seu sonho e encontrar nosso novo sonho como mulheres que já tem algum tipo de meta ou sonho e trabalham duro para eles pensando: "Eu gosto disso!" E também é para pessoas que ainda não encontraram seu sonho, então nós nos reunimos e tentamos encontrar estes sonhos juntas. Agora nós temos membros que vão dos 2 até os 63 anos de idade no clube, não há limite de idade, contanto que sejam mulheres. Está tudo bem, já que você é uma "donzela."

Vocês são afiliadas com um serviço de rede social, certo?

MIYUKI: Sim. Nós temos o "Otome Festival" a cada dois meses, que é como uma apresentação das suas obras. Nós exibimos fotos, trabalhos manuais, fotografias, ou apresentamos dramas, desfiles de moda, etc. Sim, há alguém que assa e traz bolos. Qualquer gênero está bom e nós não limitamos nada. É do mesmo jeito que o Elegy cria canções, onde qualquer um que quiser fazer algo se junta e toca junto. Originalmente, o Otome kai era uma "festa Nabe" (uma festa em que pessoas cozinham em uma panela japonesa e comem juntas). Apenas garotas podiam participar e conversávamos sobre diferentes coisas como nossas paixões, futuro, trabalhos, etc. Quando apenas garotas se reúnem, nós somos tão divertidas e poderosas que sentimos como isto é excitante. Então eu queria compartilhar isso com outros e pensei que poderia transformá-lo em algo, então este era o ímpeto.

Isso é ótimo. Não apenas amigas se reúnem, mas vocês também mantém um site que as pessoas possam acessar, então diferentes pessoas podem se conectar e realizar seus sonhos. Como o Otome kai e as atividades do Elegy se relacionam e se envolvem uma com a outra?

MIYUKI: No Otome kai, existem profissionais, mas também estudantes de colegial e universidades, donas de casa e é difícil para elas publicarem seus trabalhos. Então eu quero que elas os expressem em nossas capas de CD, fotografias e mercadorias do Elegy. Nós queremos que elas usem o Elegy. Nós esperamos que a banda cresça com elas e que elas gostem de usar o Elegy.

Na internet você pode se conectar com pessoas no exterior, o que é mais emocionante. Eu acho interessante ver as imagens que eles tem do Japão, que são diferentes da visão dos japoneses e você pode se interessar por novas e mais profundas partes do Japão desta maneira.

MIYUKI: Eu quero fazer isso! Primeiro de tudo, eu quero fazer uma turnê Otome Festival por arenas no Japão. Agora nós estamos ativas somente em Shibuya, mas nós temos que ir para locais maiores, ou então todas as pessoas não poderão participar.

Em setembro desde ano, você comemorarão seu aniversário de um ano. Como vocês acham que o conceito e objetivos da banda mudaram ao longo do ano?

GOCCHO: Eles estão mudando cada vez mais. Nosso primeiro objetivo era nossa estréia, então se tornou o que queríamos fazer depois dela. Para mim, eu quero fazer nosso show não no Budokan. mas em algum lugar em que ninguém tocou antes.
MIYUKI: Que tal em Machu Picchu (ruínas incas do Peru)?
GOCCHO: Sim, em Machu Picchu ou em Ayers Rock (a segunda maior rocha do mundo, localizada na Austrália) (risos), eu quero fazer shows onde ninguém nunca tocou antes, mas não agora. O que eu quero fazer está mudando gradualmente. Entretanto, eu sempre quero realizá-lo como Elegy.
SHADE: Eu entrei nesta banda no começo, então meu senso de valor mudou ao longo do ano. Antes de nossa estréia, eu toquei em uma banda indies em que produzíamos nossos CDs sozinhos ou apoiávamos outras turnês de bandas, mas desde que entrei no Elegy, tenho atuado mais firmemente, já que busco um objetivo maior e penso sobre o que deveríamos fazer além de música, então eu estou muito ocupado todos os dias. Antes de nossa estréia, eu achava que o trabalho de um músico era fazer apenas música, mas agora nós temos que fazer várias coisas além da música, como organizar nossas agendas. Então, desta maneira, meu jeito de pensar mudou muito.
SHIN: Antes, eu achava que nós atuávamos apenas como quatro membros de banda juntos, mas ao conhecer diferentes pessoas e me socializar com elas, aprendi que o time é importante, o que é o máximo para mim. De agora em diante, devemos fazer esse trabalho de base com firmeza, que acho que se conecta com nosso objetivo maior como GOCCHO disse, então eu quero tornar a confiança do time ainda mais firme. Ao longo do ano isso mudou muito, mas eu quero tornar esta conexão ainda mais forte.
MIYUKI: Mas eu sou a única que não ficou na casa de SHIN até agora.

Vocês costumam ficar na casa dos outros membros?

MIYUKI: Bem, geralmente eu sou a anfitriã.
SHADE: Basicamente, nos reunimos na casa da MIYUKI.
MIYUKI: De agora em diante, irei para a casa dos outros. É trabalho de equipe.

Vocês brigam?

MIYUKI: Sim, brigamos.
GOCCHO: Muitas vezes.
SHADE: Quando eu brigo com MIYUKI, brigamos sobre modos de trabalho. Quando nós distribuímos nossos CDs de amostra e conversamos sobre como lidar com eles, ela disse: "Não é melhor distribuí-los desta maneira?" E então ela disse que a maneira que eu vinha fazendo até então era melhor, o que não foi tão ruim, mas às vezes é chato. Quando comecei a ficar impaciente, mandei ela calar a boca (risos) em um táxi quando SHIN não estava lá. Depois disso, nós tivemos uma reunião de emergência em um restaurante até meia-noite.
MIYUKI: Sim, tivemos.
SHADE: No final, acabou sendo uma boa briga.

Porque vocês dois estavam indo na mesma direção.

GOCCHO: SHIN e eu temos personalidades totalmente diferentes, então há divergências de opiniões. Mesmo se eu disser que quero fazer isso, SHIN dirá que existe um modo mais razoável e às vezes nós brigamos. Mas eu acho que uma outra coisa poderia ser melhor, porque posso enxergar de um novo jeito já que nossas opiniões são diferentes.

Então vocês podem resolver suas diferenças?

GOCCHO: Sim, porque estamos na mesma direção.

Vocês não brigam sobre coisas musicais?

MIYUKI: Não brigamos muito sobre isso. Sobre os arranjos, às vezes nós dizemos: "Por que você tocou este som aqui?" Mas quando pedimos por opiniões dos outros ao nosso redor e nos entendemos. Não fica um clima ruim.
GOCCHO: Se alguém briga, os outros tentam fazer as pazes. Você não acha que temos um bom equilíbrio? É trabalho de equipe.

Que atividades vocês querem fazer no futuro? Que música vocês querem produzir?

SHADE: Eu quero fazer música que realmente goste, então enquanto toco no Elegy, eu quero expressar minha música. Enquanto faço canções e me expresso, espero melhorar e treinar como Elegy. E eu quero tocar no Budokan como Elegy.
SHIN: Nós estamos nos tornando mais um time do que uma banda, então se pudéssemos tornar nosso elo mais firme, nosso senso de realização poderia ser muito maior quando fizermos nossos shows e o Otome Festival, como festivais escolares. (risos) Então meu objetivo par ao futuro é fortalecer nosso vínculo.
MIYUKI: Até agora, eu fiz muitos programas de rádio e passei muito tempo neles, mas cortei isso e tenho mais tempo para produzir canções, então eu quero fazer canções mais e mais. Concretamente falando, eu quero fazer canções que possam mudar a vida de uma pessoa. Independente de ser Japão ou no exterior, eu quero fazer músicas que realmente possam emocionar, ou fazer as pessoas dizerem: "Minha vida mudou quando eu escutei esta canção." Então vou ficar em casa e fazer música. (risos)
GOCCHO: As músicas que escuto agora são diferentes das que escutava há um ano atrás. As canções que fazemos são diferentes dependendo do tempo, mas quando MIYUKI canta, elas se tornam do Elegy, então eu quero fazer canções que eu goste mas não tão extremo. MIYUKI disse que ela ficará em casa, mas depois que fizermos algumas boas músicas, eu quero sair em turnê e comer alguma comida gostosa. (risos)

Quais são seus planos para o futuro?

MIYUKI: O Otome Festival irá continuar. Nós faremos uma turnê por festivais de verão, tocaremos alguns shows em praias e participaremos de festivais universitários. E faremos um show one-man para comemorar nosso primeiro aniversário em 18 de setembro.

Por favor, deixe sua mensagem para seus fãs no exterior.

SHADE: Mesmo que vocês não entendam nossa língua, por favor, não se preocupem com isso e escutem nossas canções. Elegy é influenciado pela cultura japonesa, então nós queremos que vocês sintam isso quando escutarem nossas canções e venham de verdade aos nossos shows. Por favor, venham para o Japão!
SHIN: A voz de MIYUKI é bem distinta e acho que tem uma energia muito boa, então mesmo que vocês não entendam as palavras, vocês compreenderão apenas ao ouvirem sua voz. Por favor, continuem a nos apoiar.
MIYUKI: Eu nunca estive no exterior e eu não tenho um passaporte. Então eu decidi que quando for aí pela primeira vez, será para a turnê mundial do Elegy. Por favor, nos apóie e me leve para nossa turnê mundial! (risos)
GOCCHO: Eu gosto bastante de músicas estrangeiras, como músicas suecas, mas eu não entendo a língua. Eu escuto as melodias e as vozes dos vocalistas. Mesmo que as palavras não sejam entendidas, eu acho que as melodias são universais. Eu quero que as pessoas escutem a voz de MIYUKI e será ótimo se vocês estudarem japonês e conhecerem os significados mais profundos das letras.

Você quer cantar em inglês no futuro?

MIYUKI: Eu quero! Eu quero! Agora estou planejando fazer uma faculdade profissional. Quando era uma estudante colegial, sempre escutei música e não tinha lições de inglês, então meu nível de inglês é cerca do nível do ensino secundário. Eu quero aprender da base, então irei aprender todos os dias e trabalharei duro! Então por favor, continuem a nos apoiar!



Fonte: JaME Brasil
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Reh-Chan
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MensagemAssunto: Re: Entrevista com Elegy   Entrevista com Elegy Icon_minitimeQui Set 24, 2009 4:24 pm

Nunca ouvi uma música do Elegy, mas de nome eu conheço. (:
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MensagemAssunto: Re: Entrevista com Elegy   Entrevista com Elegy Icon_minitimeSáb Set 26, 2009 5:51 pm

Nunca ouvi uma música do Elegy, mas de nome eu conheço. (: [2]
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MensagemAssunto: Re: Entrevista com Elegy   Entrevista com Elegy Icon_minitime

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